terça-feira, 16 de julho de 2013

Crescimento Espiritual








Crescimento Espiritual
Com base nas festas bíblicas
Colossenses 2.6-7

INTRODUÇÃO


As festas bíblicas são sete e se dividem em duas etapas.
A primeira etapa fala das festas de primavera que são: Páscoa, Pães Ázimos, Primícias, Pentecostes, festas que falam do processo de “redenção” (elas falam da obra da cruz).

As três últimas, chamadas festas de outono ou festas Messiânicas, falam do Messias que há de “voltar”, elas apontam para a preparação final, a volta do Messias e o reino milenar, elas são: Festa das Trombetas, Yom Kipur e Tabernáculos.
As festas bíblicas não são apenas para judeus, mas em Lv 23.1-2 o Senhor diz: “estas são Minhas festas”.

Vamos estabelecer a correlação entre as festas bíblicas e o crescimento Espiritual e Individual de cada cristão.

É de suma importância notar a evidência do número sete. O número sete na bíblia hebraica (Shebat) fala de algo completo, perfeito, cheio de plenitude do caráter de Deus. Por exemplo: celebramos a festa dos pães ázimos por sete dias, contamos sete semanas e celebramos Pentecostes, no sétimo mês, chegamos à sétima e última festa fixa do ano, aquela que anuncia a chegada do Messias.

1-      PÁSCOA - PESSACH – Êxodo 12.1-11


Mateus 26.17-18. Marcos 14.12-16. Lucas 22.7-18. I Coríntios 5.7-8
Esta festa marca o início do calendário religioso judaico e acontece no dia 14 de Nissan.
Este é o primeiro mês do ano religioso de Israel, o mês de Nissan (nome babilônico) ou Aviv (nome hebraico) é o  mês de Abril do nosso calendário.
Por quatro vezes num só capítulo, o Senhor diz que esta celebração terá um cunho perpétuo para o povo de Deus, o povo escolhido. Êxodo 12.14,17,24,42.

A palavra Pessach em hebraico significa literalmente “passar por cima”  12:13, 27

  1. Quando o anjo da morte passou por cima das casas que haviam o sangue nos umbrais e nas vergas das portas, salvou os israelitas da morte. O sangue de Jesus nos livrou da morte, nos tirou das trevas para a luz.
  2. Esta festa fala de sair do Egito, para nós  sair do mundo ou seja do sistema deste mundo perverso em direção à Canaã ou seja ao Reino de Deus, nos lembra o novo nascimento que há no Messias Jesus. É importante sairmos do Egito (mundo) mas deixarmos também o sistema deste mundo, e sermos libertos da escravidão do pecado. (I Jo 2.15)

A Páscoa é o “símbolo” fundamental da graça de Deus e o julgamento dos demônios (nossos inimigos) sendo lançados no mar de fogo. Esta festa é riquíssima em termos espirituais e temas como:

J        Das trevas  para a luz.
J        Da escravidão para a liberdade.
J        Libertação da opressão.
J        A graça de Deus para os pecadores.
J        A provisão de Deus para as nossas necessidades; são tirados da história do êxodo.

É o novo começo, mas não podemos parar por aí, vem a Segunda festa.


2- Festa dos Pães Ázimos = Matsot


Esta  festa nos fala do pão sem fermento. O fermento nos fala do pecado.
Esta festa nos fala que podemos viver sem a natureza do pecado.
Se temos Jesus como Salvador e Senhor, nosso corpo passou a ser templo de Deus, habitação de Espírito.
As escrituras nos ensinam que se estamos em Cristo a velha criatura morreu dando lugar a nova.
Agora, no Messias, podemos viver sem a natureza do pecado (fermento) (Rm 6.6, I Co 5.8, II Co 5.17, Lv 23:6-8).

Por isso, celebramos esta festa, lembrando que podemos e devemos viver ainda neste mundo sem a natureza do pecado até que o Reino do Messias venha.
As vezes podemos ter saído do Egito mas não tomamos posse de que a velha natureza do pecado  morreu e Jesus vive em nós.
Nesta celebração lembramos a morte da natureza do pecado em nós,por isso a bíblia proíbe absolutamente ingerir qualquer alimento ou ter em suas posses alimentos que contenham algo levedado ou fermentado, (Hamets) Êxodo 13.7.
O que é levedado?
Qualquer alimento ou bebida que contenha um dos 5 cereais: trigo, centeio, cevada, aveia, espelta, que tenha permanecido em contato com a água no período igual ou maior que 18 minutos, (onde se inicia o processo de fermentação).


3- Festa das Primícias/Bakurim  - “Primeiros Frutos”


Nos lembra do nosso primeiro  amor com o Senhor, quando confirmamos nossa fé, nossa conversão, oferecendo a Deus nossos tenros furos de arrependimento.
São os primeiros sinais que realmente estamos mudando nosso estilo, conceito e comportamento de vida, pelo fato de estarmos recebendo e entendendo a Palavra de Deus em nossa vidas. (I Co 15.20. Rm 8.23). Há mudanças de pensamentos, atitudes e caráter.
Por exemplo, mudamos nosso vocabulário, tiramos as palavras torpes para dar lugar a palavras que abençoam e edificam.
Somos libertos dos vícios, das várias prisões da alma como ressentimentos, mágoas, rejeições, solidão, etc.
Este processo de arrependimento e mudanças continuará sempre em nossas vidas
Valemos desta ocasião para fazermos uma avaliação do nosso crescimento espiritual.


4- Festa de Pentecostes – Shavuot (semana)



Pentecostes vem de Penta = 5 ou seja, qüinquagésimo dia após a Celebração da Festa dos Pães Ázimos.
Sete semanas ou 49 dias eram contados para a colheita do trigo e no 50º dia celebravam Pentecostes (Lv 23.15 –26).
Agora somos convidados a uma real experiência com o Espírito Santo, sem o qual não poderemos estar qualificados e instruídos para entender a Palavra em seu mais profundo conteúdo, recebendo poder e unção para testemunhar nossa fé em Cristo Jesus.
Portanto Pentecostes, fala do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais.

Estamos  continuando a crescer em nossa espiritualidade e experiência com o Senhor.
É muito mais do que ter apenas uma religião seja ela cristã ou judaica.
Em Pentecostes vamos aprender que a fé em Jesus é dinâmica e não paramos de receber e ser bênçãos.
Assim em Pentecostes convidamos todos os crentes a receberem os dons e as manifestações do Espírito Santo que os capacitará a entender, crescer rapidamente e aprender a dominar situações difíceis (At 2.1-4).

Não adianta nada recebermos  a Bíblia toda como sendo a Palavra inspirada por Deus se Ele mesmo não nos der Seu Espírito para  entendermos as Escrituras.
Todo crente precisa e deve estar qualificado pelo Espírito de Deus, o Senhor está preparando uma noiva qualificada (Ap.19:7-8).

Ao contrário da páscoa (que não podia haver fermento), a festa de Pentecostes destaca-se por dois pães cozidos com fermento feitos com as primícias da colheita do trigo que eram trazidos ao Senhor no templo num gesto de ação de graças, também eram oferecidos animais em sacrifício.
Há um significado simbólico para os dois pães com fermento – são simbolicamente a espécie humana pecaminosa – tanto gentios como judeus (Rm 3.9-10,23).

* Estas 4 primeiras festas falam de Jesus Cristo ressureto que morreu e ressuscitou, enquanto as três últimas falam claramente do Cristo Messiânico que há de vir, estas celebrações trazem mais ou melhor conhecimento e qualificação de nossa fé.


5- Festa das Trombetas – Zikaron Teruah = Estado de alerta (7 meses após a Páscoa) – também chamada Rosh Hashanah


Nas duas primeiras semanas de outubro os judeus do mundo todo e muitos crentes em Jesus, comemoram a seqüência de festas  bíblicas da estação de outono.
No primeiro dia do sétimo mês temos a festa que nos convida a entrar no estado de alerta.
O shofar (chifre de carneiro) é tocado, é uma santa convocação ordenada por Deus (Lv. 23.24).

É a chegada do ano novo judaico, ano civil; Rosh Hashanah que significa literalmente cabeça de ano,  é o primeiro dia do sétimo mês, é também o dia em que os judeus coroam à Deus como Rei de suas vidas e da vida da nação.
Este dia marca o início de 10 dias de auto-exame espiritual e arrependimento, que tem seu ponto alto no dia de Yom Kipur (o feriado mais santo em Israel).
Todos são convidados para um tempo de preparação, iniciando um novo período de vida, com muitos propósitos e esperanças.

Vivendo o dia a dia neste mundo acabamos de certa forma contaminado-nos com ele e esfriando aquele primeiro amor em Jesus, mesmo de maneira inconsciente.
É como se a vida do crente começasse a entrar numa rotina espiritual. Para quebrar este estágio de dormência espiritual é que entramos nas chamadas festas messiânicas, que anunciam a volta de Jesus. E se Ele está voltando precisamos arrumar a “casa”. O nosso espírito, alma e corpo, precisam estar cheios do Espírito Santo.
Efésios 5.14 – “Desperta ó tu que dormes...”
Mateus 24.30-31 – “...Serão transformados ao som da trombeta.”

Há serviço religioso durante todo este dia, a começar bem cedo com o toque do shofar (há um total de 100 toques de shofar) no decorrer do serviço de Rosh Hashanah.
Há uma série de costumes simbólicos relativos a refeição neste dia sagrado, o mais observado é molhar (imergir) um pedaço de Halá (pão trançado) ou maçã, no mel, dizendo o seguinte antes de comê-la:
“Que seja a vontade de Deus darmos um ano novo, bom e doce.”




6- Festa de Yom Kipur (Lv 23.26-32) = Dia do Perdão e os dez dias de arrependimento (Kipurim)


O primeiro dia imediatamente depois de Rosh Hashanah inicia-se um período de dez dias de arrependimento em que todo judeu é convocado para um dia de arrependimento coletivo, com jejum absoluto (sem água e sem comida).
Neste dia de jejum e oração contínua, faz-se um arrependimento individual cada um por si, mas também um jejum coletivo, onde todos se arrependem por seus familiares, por sua nação e pelo mundo.

Isto é muito profundo, imagine se toda a Igreja de Cristo, todos os crentes do mundo inteiro viessem seguir esta ordenança de oração e jejum coletivo, pelo povo de sua nação e pelo mundo, Is.59.
As Escrituras dizem que o inferno não pode prevalecer contra a Igreja.
Este tempo de festa das Trombetas e Yom kipur fala de um retorno. Em hebraico a palavra teshuvá, significa volta, retorno, arrependimento.
Em Jl 2.12-19, Joel está convocando a nação (o povo) de Israel a um tempo de arrependimento, de retorno a Deus.
* Teshuvá significa nada menos do que tornar-se servo de Deus. Um servo não apenas reconhece que o amo existe, mas se submete à sua autoridade, acata suas ordens e cumpre as exigências de seu padrão.
Se nos dez dias de arrependimento é a preparação do povo, em Yom Kipur ou dia da expiação, temos o dia da resposta de Deus (II Cr 7.14).
* Este era o único dia que o sumo sacerdote entrava no santo dos santos, para apresentar o sangue do sacrifício a favor dele mesmo e do povo.
* Jesus, o sacerdote ungido fez isto por nós de uma vez por todas (Hb 9.14).


7- Festa de Tabernáculo/Sukkot ou  Festa da Colheita


A palavra tabernáculo origina-se do latim tabernaculum, que siginifica uma cabana, um abrigo temporário. No original hebraico equivale a palavra sukká, cujo plural é sukkot.
Assim, no sétimo mês, chegamos à sétima e ultima festa fixa do ano, e ela não é a sétima por acaso. Ela indica e nos exorta a perfeição, a darmos abundantes frutos, por isso também é conhecida como a festa das colheitas, mas de que frutos falamos? Mt 13.23.
Este é o propósito de Jesus: todo aquele que esteja n’Ele possa dar muitos frutos (Gl 5.22).
Esta festa  fala que temos primeiro que produzir o fruto do Espírito, os atributos do caráter de Cristo, para achegarmos diante D’Ele como noiva.

Jesus não se colocará em julgo desigual com sua noiva (II Co 6.14). Sua noiva será semelhante a Ele.
Jesus está voltando, é tempo de preparação para as “bodas”.
A festa de tabernáculo celebra esta união  do noivo com a sua noiva, e é uma fala profética de que vamos tabernacular eternamente com Senhor. Tabernáculo significa habitação, nosso corpo é o seu  tabernáculo.
A festa de tabernáculo é muito mais do que uma festa ela é uma profecia do milênio, onde cada nação subirá em Jerusalém para celebra-la (Zc 14.9-16).

1.    Esta festa é celebrada por 7 dias e as pessoas passam habitar (nestes dias) em tendas, para lembrar a peregrinação no deserto.
Nesta ocasião, o povo levava os primeiros frutos da colheita ao templo, onde uma parte era apresentada a Deus como oferta e o restante usado pelas famílias dos sacerdotes. Somente depois desta obrigação ser cumprida, era permitido usar a colheita da estação como alimento.
2.    A suká ou tenda também fala da proteção divina. É um apelo contra a vaidade, chamando à humanidade, pois todos estão iguais, e por ser pequena, obriga seus moradores a se aproximarem física e afetivamente uns dos outros. A suká é um abrigo temporário, mas é símbolo de permanência. É tão frágil, mas resistiu a tantas intempéries, porque na verdade seu sustento é divino.

O ponto mais alto das comemorações eram os festejos. À noite as multidões festejavam com banquetes e ainda cantavam e caminhavam pelas ruas. Nestes momentos demonstravam sua gratidão à Deus.
Foi a esta festa que os irmãos de Jesus se referiram quando insistiram com Ele que seguisse para Jerusalém (Jo 7.1-9).

Obs: As festas bíblicas são baseadas no ciclo agrícola anual, plantação e colheita.









IITIMÓTEO 2:2























                          

Estudo baseado no livro: A Pessoa do Messias nas 

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